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Abuso Sexual

Pode acontecer com seu filho

Criança acompanhada pelo irmão mais novo na rua é alvo fácil. Significa que não existem adultos por perto.

A criança abusada

A criança abusada sexualmente pode experimentar um profundo sentimento de solidão e abandono, ter a sensação de que não vale nada, tornar-se muito retraída, perder a confiança em adultos, fugir de casa ou pode até chegar a pensar em suicídio, principalmente quando existe a possibilidade da pessoa que abusa ameaçar de violência se a criança negar-se aos seus desejos.

A criança abusada está aterrorizada, confusa e com medo de revelar o abuso. Com freqüência ela permanece silenciosa por ter sido ameaçada pelo abusador, por medo de ser considerada culpada, de não ser acreditada, ou mesmo de ser castigada.

Uma das ameaças mais comuns é a de que caso a criança conte o “segredo especial”, a família será desfeita.

É importante lembrar que muitos abusadores oferecem recompensas, presentes, ou se utilizam de “brincadeiras” e “jogos” para transmitir à criança a falsa idéia de que o abuso sexual é algo “especial e divertido”.
Abuso Sexual

O abuso sexual é a exposição de uma criança ou adolescente a práticas sexuais impróprias para sua idade, seu nível de desenvolvimento psicossocial e seu papel na família. A criança é forçada fisicamente ou ameaçada verbalmente a participar da relação sem ter, necessariamente, capacidade de consentir ou julgar o que está acontecendo.

O toque não desejado, as carícias, a observação, a conservação, ser forçado a olhar para os órgãos sexuais de outra pessoa, estimular a criança a ver revistas ou filmes pornográficos, ou utilizar a criança para elaborar material pornográfico ou obsceno são outras formas de abuso sexual, que às vezes, chamam menos atenção.

O abuso sexual pode ser cometido por homens e mulheres, membros da nossa família, pessoas que conhecem bem a criança, pessoas à qual a criança foi confiada, ou mesmo os nossos amigos.

O abuso sexual é um crime grave. No entanto, ainda é seriamente omitido
Prevenção

O abuso sexual é uma violência que os pais não querem pensar que possa acontecer na sua família. Entretanto, é um assunto que eles precisam discutir com os seus filhos, de maneira clara, objetiva e freqüente, como as orientações para atravessar uma rua ou se afastar de um animal feroz. Assim:

• Converse com a criança utilizando os termos que ela emprega para denominar suas partes íntimas;

• Se a criança ainda não tem idade para compreender com detalhes os assuntos sexuais, simplesmente explique que algumas pessoas mesmo da própria família, podem tentar tocar/mexer nas suas partes íntimas, de forma que se sinta incomodada;

• Diga claramente a criança “se alguém tentar tocar, mexer, em seu corpo ou fizer alguma coisa que a faça sentir incomodada, ela deve afastar-se da pessoa e contar imediatamente o que aconteceu”.

• Reafirme que a criança não será castigada por falar sobre o assunto.

• Ensine a criança a não aceitar dinheiro, bala, doce ou qualquer coisa de pessoas próximas, membros da família ou estranhos em troca da permissão para tocá-la.

• Oriente sempre a criança a chamar atenção, sem se sentir envergonhada, pedindo ajuda, caso perceba, más intenções de pessoas pouco conhecidas ou mesmo íntimas.
O que fazer?

Muitos pais se sentem totalmente despreparados e pegos de surpresa diante de uma suspeita de abuso sexual. As reações emocionais da família serão muito importantes neste momento. Assim:

• Nunca responsabilize ou culpe a criança;

• Nunca aplique punições (SURRAS) pelo que a criança está revelando;

• Nunca diga a criança que ela esta mentindo ou chame-a de mentirosa;

• Nunca grite ou pressione a criança para obrigá-la a falar a “verdade”.

• Trate-a com carinho e reafirme que nada lhe acontecerá.
Se as suas suspeitas produzirem um relato da criança, procure sem constrangimento orientação profissional para se informar, das medidas que deverão ser tomadas.

1ª Vara da Infância da Juventude e do Idoso da Comarca do Rio de Janeiro – Praça Onze de Junho, 403 – Cidade Nova Tel.: (21) 3972-2056

Promotoria da Justiça da Infância e Juventude do Estado do Rio de Janeiro – Rua Benedito Hipólito, s/n° – Cidade Nova Tel.: (21) 3972-2056

Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima – Rua Benedito Hipólito, 163 – Cidade Nova – Tel.: (21) 2504-1200

Conselhos Tutelares da área de abrangência da residência da criançaDelegacias de Bairro

Fonte: Appia Associação de Profissionais para Proteção da Infância e Adolescência

Uma campanha Portal Kids.

Ilustração: Mariana Massarani