sábado, 2 de maio de 2009

O Corpo de Bombeiros de Saquarema não possui veículo próprio para remoção de cadáveres

Dono do jornal “Litoral de Saquarema”, Marco Antonio foi vítima de atropelamento na Avenida Salgado Filho, na orla de Saquarema e morreu no local. Um carro bateu nele sem que o culpado prestasse socorro à vítima; na verdade, nem mesmo freou o carro no momento da colisão, simplesmente fugiu.
Depois de mais de 9 horas de espera, o corpo de Marquinho foi transferido para o Instituto Médico Legal de Cabo Frio, na Região dos Lagos. O caso foi registrado na 124ª DP (Saquarema).
O corpo de Marquinho teve que ser submetido a essa espera, assim como o meu corpo, o seu corpo, também terá caso não sejam tomadas as devidas providências, porque em toda Região dos Lagos só podemos contar com três IMLs, sendo que o de Araruama está em obras. Além do mais, Saquarema não conta com nenhum Rabecão, porque o único que a cidade possui, está há três meses em conserto no Rio de Janeiro após ter sido danificado por um incêndio. Ou seja, nossa população não tem nenhum Rabecão para atendê-la.
E eu me pergunto, por que pagamos a taxa de incêndio e não podemos dar um destino digno aos nossos entes queridos?
Marco Antonio não estava pilotando a moto no mo-mento do acidente, como alguns jornais que não têm nenhuma responsabilidade com a informação verdadeira tentam atribuir. Não teve também, mal súbito, ele estava fazendo um reparo na corrente, ou seja, estava parado quando alguém o atingiu e fugiu.
Este acidente aconteceu, na orla de Saquarema, cartão postal desta cidade, só que esta não conta com um acostamento, uma ciclovia, nada. “Se um carro vier em sua direção, pode se jogar no mato para garantir não ser atropelado.” Valeska Feijó, turista, freqüentadora da cidade há mais de 20 anos.
De acordo com policiais da 124ª Delegacia de Polícia (Saquarema), a perícia foi concluída antes de 1h e, logo em seguida, foi realizado o pedido de remoção. Só que não houve perícia no local, houve sim um corpo exposto na rua por quase 10 horas.
E eu, viúva, companheira de 23 anos, mãe dos filhos dele, tive que ir ao local recolher as provas do crime porque a “investigadora” alegou que ela tem 30 dias para concluir as investigações, só que ela ainda não tinha iniciado os seus trabalhos, enquanto as peças que poderiam levar ao assassino do Marquinho estavam lá, jogadas no chão.
Esta matéria é um manifesto não só contra o que aconteceu com o amigo de toda população de Saquarema, o Marquinho do Jornal, é um manifesto conta a impunidade, contra o descaso. É preciso que as autoridades deixem de nos ver somente como um número de título de eleitor. Nós merecemos respeito!

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