domingo, 2 de dezembro de 2007

Saquarema um pouco de sua história

Por: José Conde da Rocha*

Em 1531 o navegador português Martim Afonso de Souza lançou âncoras no costão, em frente ao antigo Morro do Sambaqui, hoje conhecido como Morro do Canto, situado próximo à Barra Nova. Nesse local habitavam índios Tamoios, chefiados pelo líder Sapuguaçú, que em troca de bugingangas, abasteceu as naus Martinianas de lenha, água e frutos nativos. Os conquistadores, supridos em suas necessidades, abandonaram as terras de “Socórema”, denominação indígena, em virtude dos bandos de aves pernautas que habitavam a zona lacustre e que eram conhecidas pelo nome de “Socós”.
Em 1594 Saquarema passou a receber os benefícios da civilização, com a chegada dos padres da Ordem do Carmo, que pleitearam e obtiveram, por doação do Rei de Portugal, algumas sesmarias localizadas na região.
No lugar hoje denominado Carmo, construíram o convento de Santo Alberto, cuja a imagem foi levada, como empréstimo, pela Cúria Metropolitana de Niterói, e jamais devolvida à Igreja de Nossa Senhora de Nazareth.
Elevada à categoria de município, em 1841, foi curta a sua existência, tendo por decreto, retornado a condição de “Freguesia Vila de Araruama”, assinado em 1859. Feridos em seus brios, os habitantes de Saquarema protestaram junto aos poderes competentes e conseguiram a sua reintegração à antiga categoria, em 1860. A reintegração do município verificou-se em 29 de janeiro de 1861, entre grandes manifestações de júbilo, por parte dos moradores. Prospera a agricultura em Saquarema, pela mão-de-obra do elemento negro es-cravizado, mas declinou assim que começaram a surtir efeito as determinações abolicionistas contidas na Lei Áurea, promulgada em 1888.
Já no período republicano, em 1890, Saquarema atingiu sua completa maturidade ao lhe ser conferida a categoria de cidade.
Hoje, o município com novas vias de comunicação abertas em seu território, tornou-se ponto turístico, dadas as belezas naturais de suas praias, serras, matas e lagoas e em cujas terras cochila inexplorado um potencial sem precedentes, cercado de recursos naturais eternos, se preservados, dentro de um meio ambiente que será tão exuberante se cultivada e próspera for a cultura de seu povo.

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