quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Dia Mundial de Limpeza
Dia 20 de Setembro de 2008


O Dia Mundial de Limpeza (Clean up the World) vem se tornando um dos eventos mais conhecidos, participativos e efetivos do mundo. A cada ano milhões de pessoas, em cerca de 125 países, unem forças e “empunham” a bandeira da limpeza para fazer uma real diferença em nosso meio ambiente – limpar parte da sujeira que produzimos ao descartarmos de forma inadequada os resíduos sólidos no ambiente litorâneo.
O evento, um programa sem fins lucrativos que promove atividades ambientalistas todo ano no terceiro final de semana de setembro, vem ajudando a diminuir um dos maiores problemas ambientais da atualidade, representado pelas crescentes montanhas de resíduos produzidos pelas sociedades modernas de consumo.
Os oceanos estão cheios de detritos sólidos, que não só, deixam os litorais e praias sujos e poluídos, como, principalmente, podem provocar uma significativa mortandade de inocentes animais marinhos.
Todos sabemos que a solução a longo prazo é diminuir a quantidade de resíduos produzidos ou mesmo consumidos. O Dia Mundial de Limpeza, que une voluntários de todas as idades e dos mais diversos setores da sociedade, empresários e governantes, é a oportunidade da participação comunitária em ações imediatas e locais de limpeza que contribuem para minimizar no curto prazo o impacto dos resíduos sólidos e suas conseqüências danosas para o ambiente e para a fauna marinha.
Chamado o International Coastal Clean-up ou Dia Mundial da Limpeza do Litoral, o Programa é coordenado mundialmente pelo Centro para a Conservação da Vida Marinha (The Ocean Conservancy), com sede em Washington, nos Estados Unidos, e apoiado pelo PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
Os voluntários fazem mais do que apenas catar o lixo das praias, rios e lagoas. Coletam, pesam, classificam e catalogam o que encontram em fichas padronizadas, cujos dados são enviados ao Centro para a Conservação da Vida Marinha e ajudam vários países a buscar uma saída para o problema.
Quase dois terços de todo o lixo que é encontrado pelos voluntários é algum tipo de detrito não degradável a curto prazo. São canudinhos, pontas de cigarro, tampinhas, cotonetes, sacos plásticos, chinelos. Tudo largado na areia, representando para a fauna marinha o maior percentual de materiais ambientalmente perigosos.
Restos de redes, linhas de pesca, cordas e sacos plásticos abandonados no mar permanecem nesse ambiente por muitos anos, por sua baixa biodegradabilidade, e acabam vitimando inúmeros animais que se enroscam e acabam morrendo por asfixia ou por inanição. Peixes, aves, focas, tartarugas e golfinhos podem confundir os detritos que ficam boiando no mar com lulas, águas-vivas e outros alimentos que formam parte de sua dieta. Golfinhos já foram encontrados com o estômago cheio de lixo que veio das cidades.
A ponta de cigarro, o item mais coletado no mundo todo por oito anos consecutivos, tem ocasionado a morte de inúmeros animais que a confundem com ovas de peixe e a engolem. O mesmo ocorre com os sacos plásticos. Um saco plástico à deriva no mar é facilmente confundido com uma água-viva, componente alimentar de várias espécies de tartarugas-marinha. Engolindo um saco plástico, a tartaruga pode morrer por asfixia.
Identificar as fontes de poluição dos riscos dos resíduos nos ambientes aquáticos e tentar pressionar os governos a adotar medidas de controle são importantes metas deste evento, que é de todos nós.
Deixando de jogar lixo nas praias, mares, rios e lagoas, ao mesmo tempo em que ajudamos na limpeza desses ambientes, retirando os detritos sólidos descartados de forma irregular, podemos vislumbrar dias melhores para o ambiente marinho e para nós mesmos. Afinal, quem não gosta de chegar em uma praia, respirar o ar fresco, pisar na areia branca e mergulhar na água limpa.

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