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Ondas Médias e Muita Destruição em Saquá

Por Claudinho de Itaúna

O mar grande que esperávamos não veio, as ondas não passaram de 10 pés, e as ondas que foram surfadas não passaram de uns 8 pés, mas a maré muito alta aliada a força do mar causou muitos estragos e destruição na orla de Saquarema, agora no fim de julho.

De manhã, o mar estava muito mexido, com ventos de 40 nós. Nestas condições, a galera achou melhor tentar a sorte num point semi-secreto, que normalmente fica protegido do vento sudoeste.

O pico em si é composto de uma laje submersa onde a onda levanta e dobra, ocasionando alguns drops bem críticos. Duas ondas surfadas conectaram até a beira, mas mesmo assim o sentimento dos big riders Marcos Monteiro, Patrick Reis e Haendel Cazzita era de frustração, todos esperavam encontrar ondas de 12 pés +.

As ondas só começaram a entrar mesmo, lá pelas onze da manhã. Mesmo assim, um pouco mexidas pelo vento. Aos poucos o vento foi acalmando e as ondas acertaram. Infelizmente ninguém estava em posição para dropar as maiores ondas que quebraram. Embora todos tenham dropado ondas bem grandes.

A força do mar era impressionante, mesmo o carro do Marquinho estacionado na calçada foi coberto pela espuma, literalmente o carro entubou, e quase foi jogado contra uma árvore, sendo deslocado por mais de um metro pela espuma. O local que eu escolhi para fotografar e filmar, ficava sobre um costão de pedras a uns 5 metros acima do nível do mar e eu quase fui tragado duas vezes, com a espuma passando a meio metro de minha posição.

Depois que todos saíram do mar a espuma continuou invadindo a estrada após as maiores séries. Teve gente subindo em árvore, no capô do carro e se pendurando no rack de pranchas. Foi bem engraçado, mas se o mar realmente estivesse gigante, aliado a maré alta, as conseqüências poderiam ter sido trágicas.

Na volta para casa dava pra ver as marcas onde o mar havia invadido a pista em Jaconé. Chegando ao Backdoor de Itaúna, tomamos um susto ao ver que praticamente não havia mais areia e estruturas de concreto estavam tombadas na beira. Algumas varandas ou decks de quiosques estavam comprometidas e partes da calçada começavam a ceder. Alguns quiosques parecem estar condenados e o posto de guarda vidas estava com as fundações a mostra. É bem provável que a destruição continue na próxima ondulação grande que entrar.

Hoje de manhã a destruição era ainda maior. O mar que rolou de noite terminou de destruir grande parte da calçada e alguns decks já haviam desabado. E sabe-se que, pelo menos uma pessoa que fotografava a cena desabou junto, mas sem maiores conseqüências fora o susto e alguns arranhões.